sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Fender Modern Player Coronado

A guitarra desta semana é uma das minhas favoritas da Fender e faz parte da minha história, já que é uma guitarra que eu venha procurando há mais de uma década. A primeira vez que vi uma Coronado foi no clipe de uma das bandas indie que eu mais gosto (talvez a que eu MAIS goste), The Dandy Warhols. A música Bohemian Like You estourou na Europa no começo dos anos 2000 e o clipe mostra uma festa onde muitas pessoas dançam ao som de uma banda que toca no fundo, os Dandys. Mesmo sem um close que pudesse identificar exatamente quais os instrumentos que eles estavam usando, a Coronado (até então desconhecida para mim) me chamou a atenção. Mais tarde, em 2005, em um show do DW em Nova York, pude ver a guitarra de perto e tive certeza: um dia vou ter uma. O modelo era na cor creme (que mais tarde descobri ser um branco envelhecido pelo tempo). Procurei essa guitarra em todas as lojas dos EUA na época e não achei. Era uma raridade. Mas agora a Fender relançou a Coronado para a alegria dos Fenderaficionados.



Desenhada por Roger Rossmeisl, que trabalhou para a Rickenbacker por muito tempo, a Coronado é considerada uma guitarra “não-Fender”, ou “pouco-Fender” (eu a chamaria de “super-rara-e-especial-Fender”). Lançada em 1965 em uma época em que a Epiphone Casino estava sendo usada pelos Beatles, e as semiacústicas estavam crescendo em popularidade, a Coronado era originalmente “oca”, ou seja, basicamente uma acústica. A reedição do modelo trouxe uma versão semiacústica, no sentido literal da palavra uma vez que no centro do corpo á uma setor maciço. Há várias “subdivisões” de Coronados, mas as mais conhecidas são a Coronado I e a Coronado II. A primeira vinha com apenas um captador, um knob de volume e um de tonalidade. A II com dois caps, dois knobs de volume e dois de tonalidade. Mesmo assim, muitas vezes o headstock da II diz apenas Coronado. Alguns poucos modelos vem com “Coronado II” escrito. As da década de 60 vinham com tremolo; as reedições são com ponte fixa.


As novas Coronado fazem parte da família Modern Player da Fender, e diferentemente das primeiras, vêm nas seguintes cores: 3-Color Sunburst (a primeira do post), Black, Candy Apple Red (acima) e Black Cherry Burst (abaixo). O corpo é feito em maple e contém um bloco em alder no centro, na parte interior. Assim, duas “câmaras” de ressonância são criadas para definir o timbre peculiar desta super guitarra. Tanto a parte da frente como a de trás do corpo são abaloadas. O braço da Coronado é no shape “C”, ou seja, extremamente confortável de tocar e ainda assim robusto como uma guitarra deste porte merece.


A Fender Coronado vem com trasteira em rosewood e 21 trastes jumbo. As marcações são pearloid “bloco”, perfeitas para um semiacústica de primeira linha. Os caps desta linda guita são dois Fideli’Tron – conhecidos por fazerem parte de grande parte das guitarras Gretsch –, a chave seletora tem três posições, a ponte é uma Adjusto-Matic com o tailpiece flutuante e a logo “F” da Fender em madeira. Os knobs são no estilo dos usados em amplificadores vintage, como você pode ver nas fotos. Demais!


E aí? Curtiu a Coronado? Quer uma? A garagem consegue pra você! Fale com a gente!



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

EVH Striped Series Electric Guitar

Sim! Esta guitarra é totalmente baseada nas originais de Eddie Van Halen, e com a qualidade EVH!


Quem acompanhou o início da carreira do gênio Eddie Van Halen – seja “ao vivo” na época, ou mesmo décadas depois ao ouvir seus álbuns – deve se lembrar das guitarras Kramer que ele usava no final dos anos 70. Eram guitarras totalmente modificadas e “destruídas” pelo próprio Eddie de acordo com o que ele achava ser a guitarra ideal para seu som e com o conforto necessário. Eddie gostava do corpo Stratocaster, mas necessitava de mais ataque no timbre, mais peso, mais brilho. Com isso, começou a fuçar nas guitarras e chegou a um setup que se moldava perfeitamente ao que ele queria. As primeiras Kramer de Eddie tiveram seus dois captadores single arrancados e um humbucker foi colocado na posição da ponte. Uma alavanca Floyd Rose foi adicionada, fitas adesivas de diversas cores foram colocadas cuidadosamente no corpo da guita e, enfim, estavam prontas as guitarras que marcaram a história do rock. A EVH fez estas Striped Series em homenagem a esse tempo que não volta, mas que pode ser relembrado!


As EVH Striped Series são fiéis a três das guitarras que Eddie mais usava, portanto foram feitas em “combos” de três combinações de cores: branca com listras pretas, preta com listras amarelas e vermelha com listras pretas e brancas. Fotos da época dos primeiros álbuns do Van Halen mostram Eddie com cada uma destes modelos. Como você pode ver pelas imagens aqui do post, o modelo na cor branca é o único que vem com escudo, exatamente com o guitarrista escolheu “back in the day”. As outras duas vem com os buracos de encaixe dos single-coils vazios, pois nas originais eles haviam sido arrancados do instrumento. A diferença vista a olhos nus entre a EVH e a Kramer em termos de design é que as originais realmente são “destruídas” no sentido de que a pintura é toda rachada, há batidas e arranhões por todo o instrumento e muitas das peças são velhas, o que tem seu charme. As versões da EVH são mais “comportadas”, com um acabamento de guitarra nova, super cuidada.


Por baixo do visual vintage de Eddie Van Halen, as EVH Striped Series vêm com um corpo de basswood no estilo Stratocaster e braço em maple quartersawn. O acabamento conta com verniz (o que outras marcas que fizeram guitarras semelhantes não incluíram). Outro diferencial é o tensor thumbwheel, ou seja, rotatório regulável no “fim” do braço e na junção entre o braço e o corpo. A trasteira também é em maple e conta com 22 trastes jumbo. O captador escolhido para esta guita foi um humbucker Wolfgang direct-mount mais do que feroz, pra realmente proporcionar aquele timbre característico que todo mundo conhece e admira.


Outras características do modelo são um único controle de volume, travas Floyd Rose, alavanca Floyd Rose exclusiva para a EVH com o sistema EVH D-Tuna, tarraxas die-cast EVH, peças cromadas e um plate de junção do braço exclusivo com a logo da EVH, como você pode ver na foto abaixo. O case do modelo pode ser vendido separadamente.


Tem acompanhado a Garagem e nossos instrumentos? Então venha testar o seu! ;-)




sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Gibson Les Paul Studio Deluxe II '50s Neck



Já que estamos na semana de novas Les Pauls tanto da Gibson quanto da Epiphone aqui na Garagem, então vamos falar de uma Les Paul muito especial e cheia de detalhes diferenciais hoje. É a Gibson Les Paul Studio Deluxe II ‘50s Neck.

A Gibson introduziu o modelo Studio em 1983, fazendo com que Les Pauls e SGs tivessem versões simplificadas, com o preço mais acessível comparadas aos modelos tradicionais, mas ainda assim com a qualidade e a tradição Gibson. Ao longo dos anos e décadas que se seguiram, as Studio foram sendo mais e mais procuradas e então a Gibson começou a fazer modelos especiais mesmo dentro dessa série. Hoje, essas guitarras podem chegar a um nível de sofisticação muito próximo a outras séries da marca, mas ainda assim com um preço reduzido. Vamos falar um pouco deste modelo hoje. Confira abaixo.


Esta é a Flame Top, batizada assim devido à tonalidade e textura de seu sunburst, que lembra uma chama de fogo ou ainda algum material que tenha sido “queimado”. Munida de dois humbuckers “zebra” (de duas cores, creme e preto), a Deluxe II vem com um 490R na posição do braço e um Burstbucker Pro na posição da ponte. Só por essa mescla de captadores já dá pra sacar que essa Studio é especial. Pra deixar a coisa ainda mais interessante, ambos os caps podem ser splitados e transformados em single-coils, mas com uma diferença: este split é o chamado Straight Split, que realmente impede o que seria o “vazamento” de input de um humbucker. Várias outras guitarras contam com o Super Tap split, que ainda deixa um pouco do timbre e ataque dos humbuckers originais. O split é feito através de um sistema de push/pull nos knobs de volume.


A Studio Deluxe II conta ainda com um sistema de boost de 10db que adiciona não só volume, mas também ataque e alcance de frequências, ideal para solos e acordes mais “sujos”. Esse boost é totalmente regulável de acordo com o gosto do guitarrista, para que as mudanças fiquem totalmente personalizadas. Quando o boost está desligado, o sistema de true bypass da Deluxe II garante a tonalidade passiva dos humbuckers, algo que é essencial para o timbre de uma Les Paul clássica. Ou seja, não há perigo desta super guita soar artificial devido a essa tecnologia que lhe foi dada. 




Em termos de estrutura, a Les Paul Deluxe II conta com corpo e braço em mogno e o top “flame” (que dá nome ao modelo) é feito em maple. Como diz o nome, o braço é no estilo anos 50, com aquela forma mais robusta e arredondada das Les Pauls antigas. Vale lembrar que o estilo dos anos 60 era um braço mais fino e “cavado”, como mostra a imagem abaixo.


As peças da Studio Deluxe II são cromadas, a ponte é uma Tune-o-Matic, e as tarraxas são Grover. Em relação ao acabamento, este modelo tem mais um diferencial: sua textura conta com um pouco de verniz brilhante (como você pode ver na segundafoto de baixo para cima), diferentemente das Studio “tradicionais”, que contam com um acabamento fosco. Pra deixar a guita ainda mais especial, o case hardshell da Gibson vem junto, o que não é a regra geral para essa linha da Gibson. Confira abaixo.


E é isso! Confira nossa linha de Gibsons e Epiphones! Venha visitar a Garagem!