A guitarra escolhida hoje para a coluna é
definitivamente um modelo especial. Eu já disse em outras oportunidades que a
linha Vintage Modified da Squier é realmente de alta qualidade para a proposta
que a marca tem, e no caso da Baritone Jazzmaster Antigua a Squier juntou duas
características únicas a um modelo especial, a cultuada Jazzmaster. Essas duas
características são, primeiramente o modelo Antigua – que apresenta uma cor,
uma pintura e um acabamento únicos – e, principalmente, o fato desta ser uma
guitarra diferente, uma barítono, que praticamente se torna um outro
instrumento, dependendo de como você for usá-la.
Como você pode
conferir pela foto acima, a Baritone Jazzmaster possui um braço bem mais longo
que o de uma guitarra “comum”, com uma escala de 30”, o que faz uma grande
diferença na hora de tocar. Mas isso é necessário devido à grossura das cordas
usadas, que vão desde .012 - .054" a
.017 - .095"! A afinação mais usada em guitarras
baritone é a de uma quinta perfeita (A D G C E A ou Bb Eb Ab Db F Bb). Mas há
outras duas variações que muitos gostam de usar também. São elas a quarta
perfeita (B E A D F♯ B) ou a ainda mais grave terça maior
(C F B♭ E♭ G C).
Em
uma coluna passada eu falei sobre a Telecaster Antigua, que segue o mesmo
padrão de visual opaco e envelhecido, que divide as opiniões e gostos dos
guitarristas. O corpo deste modelo é em basswood sólido e acabamento em
poliuretano. O braço é feito em maple e como é comum nos modelos da Fender, é
aparafusado. A trasteira é feita em rosewood, com 21 trastes medium jumbo (nesse
quesito igual às jazzmasters mais tradicionais) e marcações pearl block.
Na parte elétrica, a
Squier Vintage Modified Baritone Jazzmaster Antigua vem com dois Duncan
Designed (como é o padrão da linha). Na posição do braço, um JM-101N Alnico 5 e
na posição da ponte, um JM-101B Alnico 5. Ambos são feitos para captar com mais
profundidade e clareza o peso e a definição de graves e médios-graves que uma
guitarra baritone proporciona. Os controles são bastante simples, o que para o
meu gosto é perfeito. Um knob de volume master e outro de tonalidade master. A
chave é a tradicional de três posições. Fácil, sem segredos e eficiente.
As ferragens são
cromadas, contando com uma ponte fixa, o modelo Top Loader (também usada em
algumas versões de Jaguars da linha Vintage Modified, principalmente naquelas
em que a configuração de captadores é a de dois humbuckers, sem os controles de
alteração de fase). As tarraxas são as estilo vintage, e a logo da Squier é
naquela versão mais trabalhada, dando um toque especial a este modelo. O case
pode ser comprado separadamente. No caso de uma guitarra como esta, não
podíamos nos despedir sem dar uma ouvida no que ela pode fazer. Confira o vídeo
abaixo:
E
é isso esta semana! Sábado que vem tem mais!