Nossa guitarra escolhida
da semana é praticamente uma raridade. E também quase um experimento da Fender,
uma vez que suas características são quase todas diferenciadas das guitarras
mais comuns ou clássicas. Estamos falando da Fender Pawn Shop Super-Sonic.
Pra quem não sabe, a
série Pawn Shop é feita de reedições – geralmente de guitarras das décadas de
60 e 70 (mas nem sempre) – que por algum motivo do destino “eram pra ser e não
foram”. Ou seja, guitarras em que todos apostavam suas fichas, mas que não se
popularizaram ao ponto da Fender continuar a fabricá-las. A Super-Sonic, porém, não vem de tão longe.
Ela éuma reedição de um modelo fabricado no meio dos anos 90 pela Squier by
Fender e que se chamava Squier Vista Series Super-Sonic. Mas é claro que para
um relançamento especial, a Fender teria de caprichar na nova versão.
Uma das
características da nova Super-Sonic é seu corpo “diminuto” (quem pegar uma
para tocar vai sentir o quanto menor ela é em relação a guitarras como a Jaguar
e a Jazzmaster – que aliás a Super-Sonic “imita”, mas como o corpo “reverse”,
ou seja, parece que ela foi feita ao contrário. O mesmo vale para o headstock,
que é reverse também). Outros diferenciais são os knobs, que são ambos de
volume e nenhum de tonalidade. E mais: são invertidos também. O knob mais longe
da ponte controla o volume do captador do braço e o mais perto, o da ponte (os
knobs da Squier eram assim também). Como vocês podem ver, os knobs são do
estilo Jazz Bass, para dar um charme a mais.
Munida de dois Dual
Canted Atomic Humbuckers (Zebra) – como o nome diz, envesados (na Squier apenas
um deles era) – a Super-Sonic tem um som potente apesar de sua escala curta.
Com 22 trastes e escala em rosewood, a guita foi relançada em três cores:
laranja, vermelho e azul, todas com bastante sparkle. E finalmente, o braço é o
mais-que-confortável-e-tradicional C-shaped da Fender com mais uma “novidade”:
o tirante é parcialmente externo, chamado de bullet truss rod. Dizem as más
línguas que na década de 70, durante algumas tiragens de guitarras, os tirantes
foram feitos fora de medida e terminaram ficando maiores que o braço. A Fender,
para não ter que mandar fabricar tudo de novo, deixou que o tirante ficasse
exposto, o que virou a marca registrada de uma época. A Super-Sonic foi feita
de acordo com essa “tradição”. Aviso: é o que dizem as más línguas. Eu, pelo
menos, nunca ouvi ninguém da Fender confirmar ou negar essa história.
Pra quem não viu uma de
perto, corra, pois logo devem sair de linha, como sempre as Pawn Shop duram
pouco no mercado. Vale a pena!
Vocês ainda têm esse modelo à venda?
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