Nas últimas semanas
venho escolhendo falar de guitarras pelas quais tenho uma (forte) queda. Guitas
com um diferencial, daquelas que você sabe que não estarão à disposição por
muito tempo e, caso não consiga arranjar uma a tempo, vai ficar amargando a
derrota por muitos anos até que uma nova edição seja lançada. A Squier Vintage
Modified ’51 é uma delas. Neste mesmo visual, a série Fender Pawn Shop tem a
sua versão, mais robusta, mas resolvi escolher a versão Squier, já que a linha
Vintage Modified é uma edição bastante caprichada, considerando o valor de
venda.
Como
o nome já diz, este modelo é originalmente de 1951, e é mais uma das guitarras
que “eram pra ser, mas não foram”. Isso quer dizer que ela não virou uma febre
ou até mesmo transformou-se em um modelo extremamente popular. Mas isso não
quer dizer que não seja muito desejada, principalmente por quem curte um
instrumento fora dos padrões mais tradicionais. Em meados dos anos 2000, a
Squier lançou a ’51 nas cores creme escuro (escudo preto), preta (escudo
branco) e sunburst (escudo preto). Agora, na versão vintage modified, as cores
são vintage blonde (escudo preto), vermelha (escudo branco) e sunburst (escudo
branco). Você pode ver os três abaixo.
Como vocês podem ver, a configuração
dos caps é HS, ou seja, um humbucker na posição da ponte e um single-coil na
posição do braço. Apesar da ’51 ter corpo no formato Stratocaster, pode-se
dizer que ela é uma espécie de mescla entre Strato e Telecaster. O headstock é
de Tele e os knobs são muito mais para uma Tele também, porém sem a chave
seletora tradicional. Temos um knob de volume e um knob de switch de
captadores. Rodando o knob em sentido horário, o captador da ponte é acionado;
na posição do meio, ambos os captadores; no sentido anti-horário, apenas o do
braço. No knob de volume, através de um sistema push-pull, você pode
transformar o humbucker em single-coil, deixando apenas a bobina interior funcionando.
Outras características são o corpo em
basswood, braço em maple com acabamento satin e formato “C”, trasteira em maple
com 21 trastes jumbo e peças cromadas. O ajuste do tensor é feito pelo
headstock, diferentemente das originais de 1951, que eram feitas pela parte
oposta, ou seja, era necessário remover o braço para ajustar o tensor. Em
muitas reedições (por exemplo a Telecaster ’52 americana), esse detalhe foi
mantido. Nesta Squier ’51, a vida do guitarrista foi poupada ;-)
Vale
a pena testar uma Squier ’51 e também basicamente todas da série Vintage
Modified. A Squier caprichou. Venha até a Garagem!
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