A guitarra desta
semana é definitivamente uma que pode ser considerada da séria “ame ou odeie”.
Eu, pelo menos, nunca conheci ninguém que gostasse “mais ou menos” ou até mesmo
não desse a mínima para esta guitarra. Dentre meus amigos guitarristas e
amantes da música, metade adora a série Antigua, e metade abomina. E acredito
que o pessoal da Fender tem bastante noção disso, pois a proposta da Antigua é muito
particular, fazendo com que o público se divida bastante. Como um grande
apreciador de guitarras e instrumentos que se destacam – muitas vezes até pelo
lado negativo –, posso dizer que a Antigua é um prato cheio para mim: há algum
tempo dei de cara com uma e não aguentei, tive que levar.
Apesar de possuir
características particulares e vários aspectos só seus, o que mais chama a
atenção na Antigua é seu visual. E é essa também a causa de sua atração e
repulsão. Com um look verde/creme que se estende pelo corpo e pelo escudo, a
Antigua é totalmente anos 70. Mas, na verdade, a primeira guitarra da série a
ser lançada foi a Antigua Coronado II, colocada no mercado em 1967. Cerca de
uma década depois, a Fender lançou vários outros modelos com essa proposta, e desde
então, edições limitadas foram colocadas no mercado para logo sumirem por mais
um bom tempo. Os amantes da série são normalmente colecionadores que gostam de
edições especiais.
Falando especificamente da Telecaster,
podemos apontar algumas características só suas. Para deixar este modelo com um
som ainda mais anos 70, a Fender colocou dois captadores ultra vintage nesta
guita, e a sonoridade possui ainda mais “twang” (estalo) que o normal de uma
Tele. Essa frequência produz um som de Telecaster com um boost de
personalidade, além de emitir menos ruído e mais nível de saída que os caps
tradicionais encontrados em modelos standard. A sonoridade da Telecaster
Antigua é perfeita para situações com mais drive e distorção natural produzida
pelo output de um bom amplificador.
O corpo desta
raridade é em alder, o braço em maple e a trasteira – de 21 trastes – também em
maple. O braço tem o formato vintage em “U”, ou seja, mais robusto que os tradicionais
em “C”. Com isso, diferentemente das Teles, que normalmente vêm com cordas .009,
a Antigua vem com .010, pois cordas mais leves ficam “faltando” em um braço
como esse. Como você pode ver pela foto acima, há uma marca no headstock onde
seria o ajuste do tensor, mas isso é apenas o visual, pois como toda guitarra
old-school, o tensor é ajustado na região inferior do braço. Para isso, é
necessário tirar o braço da guitarra, ajustar a tensão e encaixá-lo de novo.
Não é prático, mas é a proposta da Antigua, que mantém as características de
guitarras totalmente tradicionais. Ainda mantendo o clima vintage, a ponte vem
com três carrinhos apenas, assim como as guitas eram décadas atrás.
E é isso! Confira na web os outros
modelos da série Antigua! Você vai gostar (ou odiar)!
Olá amigo. Eu possuo uma Stratocaster Antiqua e o escudo sofreu uma pequena lascada na parte mais escura do verde. Eu quero dar uma reparada, porém ninguém trem este tipo de cor Olive Green. Eu tentei o Fender Color Chart mas não encontrei. Vc saberia qual tinta e onde encontrar ? é um detalhe pequeno, mas eu não quero deixar como está. Aguardo seu retorno (vinnie_blues@gmail.com) Abração
ResponderExcluir