A vantagem de
escrever sobre guitarras é que nunca, absolutamente nunca você fica sem
assunto. São pilhas e pilhas de instrumentos maravilhosos através de décadas de
música. Semana passada falei de uma Telecaster e esta semana será a vez de
outra, a Chris Shiflett Telecaster Deluxe, que não só merece um dia dedicado a
ela por ser uma guitarra fantástica, como o assunto vem a calhar às vésperas
dos shows do Foo Fighters no Brasil. Chris e a Fender criaram uma guitarra
extremamente flexível em termos de sonoridade, pois Shiflett toca rock com o
FF, mas também é um músico de country, como você pode conferir em seu projeto
paralelo Chris Shiflett & The Dead Peasants.
A
Chris Shiflett Telecaster Deluxe é baseada no modelo de 1972 da Fender,
preferida de Chris há muito tempo. Seu visual é similar àquelas Telecasters que
frequentemente você vê Keith Richards usando, porém com dois humbuckers ao
invés dos modelos com um single na ponte. A Squier também teve por muito tempo
a Telecaster Custom I e II, a primeira com dois humbuckers (e um design igual à
Chris Shifflet, exceto pelo headstock) e a segunda com dois caps P90 Duncan
Designed. O modelo CS vem na cor branca e com um escudo pearloid (o próprio
Chris às vezes usa um escudo pearloid azul, também lindo). Seguindo a proposta
da Tele Deluxe ’72, o headstock é da Stratocaster anos 70, maior que os modelos
mais antigos como das guitarras de Eric Clapton, quase sempre com um headstock
menor.
A CS vem com uma
trasteira escura, em rosewood e 21 trastes médium jumbo. A ideia desta guitarra
é abranger uma vasta gama de possibilidades tanto em termos de timbre como em
comfortabilidade. Você pode tirar timbres pesados e distorcidos dela e ainda assim
tocar blues e country dentro de uma zona de conforto e naturalidade bastante
grandes. A ideia da Fender foi fazer um guitarra que mescla a linguagem do
grunge moderno sem perder características tradicionais de uma guitarra clássica
e maleável sonoricamente. Os captadores escolhidos para a CS são dois
humbuckers custom especialmente feitos para ela, um New CS1 na ponte e um New
CS2 no braço.
Como você pode ver nos detalhes acima,
o headstock vem com a assinatura de Chris Shiflett, a finalização do braço e
headstock são em gloss (algo que alguns guitarristas não gostam por “grudar” a
mão de quem sua muito), as tarraxas são as vintage F-style e o tensor é o modelo
“bullet”, visível pela parte da frente do headstock. As ferragens são cromadas
e os knobs (2 de volume e dois de tonalidade) são “amp-style”, imitando os
knobs de amplificadores Fender vintage. O case abaixo vem junto!
Esta é uma guita Made in Mexico. Vale
lembrar que grandes modelos hoje em dia são feitos no Mexico, como por exemplo
as Roadworn, e até mesmo na China, como as novas Coronado. O nível dessas
guitarras é realmente muito bom, e qualquer um que testar uma delas vai deixar
qualquer tipo de preconceito que possa ter de lado. Até mesmo a série Vintage
Modified da Squier é muito bom.
Curtiu? Venha testar porque aqui na
Garagem tem!
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