quinta-feira, 27 de março de 2014

Gibson Les Paul Robot Guitar

Esta semana falaremos de uma guitarra muito especial: a Robot Guitar, da Gibson. A guitarra da vez é o modelo Les Paul, mas a Robot também está disponível nos modelos Les Paul Jr. e SG Model.

Pois bem, começaremos pelas características mais “tradicionais” de uma guitarra até chegarmos aos detalhes que fazem da Robot uma guitarra verdadeiramente diferente, especial e também “estranha” aos olhos dos mais céticos: o sistema de autoafinação eletrônica com que ela vem equipada.


O corpo da Robot é feito de mogno, porém com uma camada de maple na frente do corpo. A Gibson veio a público e explicou que a madeira é aquecida a uma temperatura de 70 graus para que o equilíbrio necessário em termos de vibração e frequência seja atingido. Em uma época politicamente mais correta que quando as primeiras guitarras foram feitas, hoje há uma preocupação com a origem das madeiras para a construção de instrumentos, e a Gibson garante que nenhuma de suas guitarras é feita com madeira ilegal, mas sim com materiais providos de reservas mantidas para fins de criação de instrumentos e outros produtos. Eles garantem não usar madeira de reservas naturais.


A Les Paul Robot vem equipada com dois humbuckers da própria Gibson: o 490R Alnico II no braço e o 498T Alnico V na ponte. Ambos são captadores versáteis, permitindo ao guitarrista uma variedade e uma gama enormes de tonalidades, que podem variar desde a country music até um som mais agressivo a La Jimmy Page, por exemplo. O 498T é mais agressivo, com um boost nas frequências agudas e médias, próprias para solos e bases com mais “punch”.

Tanto o corpo quanto o braço da Robot são feitos à mão, e a Gibson se orgulha de que cada uma das Robots, por esse motivo, termina sendo única e diferente das demais. O braço emula as icônicas Les Paul Standards de 1958 e 1959, com um braço mais grosso e arredondado, perfeita para os Gibsonmaníacos! Ou seja, se você for comprar uma Robot, o jeito é testar várias, pois cada braço será levemente diferente do outro, e só assim você encontrará a guitarra perfeita para você.



Mas vamos às características que fazem com que esta Les Paul seja chamada de Robot, afinal. Por que Robot? Por que esta guitarra não precisa de afinadores eletrônicos externos, nem mesmo que o próprio guitarrista a afine. Ela afina suas cordas sozinha, em menos de dois segundos! Atrás da mão está o que a Gibson chama de Robot Tuners, ou “CPU do braço”: um sistema que recebe a vibração das cordas e transmite aos tuners a informação necessária para que a guitarra “saiba” em que nota cada corda está e o quanto deve tencioná-las ou soltá-las para que a afinação fique perfeita. Abaixo um close desse aparato.




O que à primeira vista parecem ser apenas os tradicionais 4 knobs de uma Les Paul (2 volumes, 2 tons), são na verdade o lugar de onde você pode controlar o sistema de autoafinação da Robot. Entre eles está o MCK (Master Control Knob), que funciona com um sistema push-pull. Na posição push (pressionado para baixo) o knob funciona como um controle comum, mas na posição pull (para cima) ele ativa o aparato de afinação da Robot em A440 e dali você pode começar a afinar sua guitarra, tanto de forma tradicional, como usar 6 presets vindos de fábrica (que podem também ser customizados para afinações particulares que você queira usar).



O sistema eletrônico de afinação da Robot é ativado por uma bateria de lítio que chega a afinar a guitarra até 200 vezes, tendo de ser recarregada novamente. Segundo a Gibson, o tempo de recarga é de 90 minutos, mas a recarga se dá através de um cabo plugado no jack da Robot. Pois bem, quanto menor o cabo, mais rápido se dá a recarga, uma vez que o espaço entre a fonte de energia e a guitarra é mais curto.

Gostou? Muitas pessoas avessas à tecnologia torceram o nariz para a Robot, mas o fato é que ela existe e é um sinal dos tempos, pois afinal também no campo dos instrumentos musicais o tradicional se mescla com o novo. É inevitável.

Ficamos por aqui, mas voltamos na semana que vem com mais uma guitarra digna de uma boa leitura! Até!

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