sábado, 20 de junho de 2015

Washburn N4 Nuno Bettencourt Signature

E já que tivemos o show do Extreme recentemente por aqui, resolvi escolher a Washburn N4 Nuno Bettencourt Signature para a coluna de hoje. Quem foi no show com certeza ficou impressionado não só com a banda toda, mas principalmente com a pegada, a precisão e o timbre de Nuno Bettencourt e sua N4. Para mim, pelo menos foi um dos shows desse estilo de música que mais mostrou nível de musicalidade e profissionalismo até agora. Para quem acompanha a carreira de Nuno e do Extreme, a N4 não é uma guitarra “estranha”, afinal ele já usa esse modelo desde o início dos anos 90. Na época dos álbuns solos de Nuno, a Washburn fez um modelo um pouco mais tendendo para o vintage, mas a ideia não colou. Nuno Bettencourt voltou com sua N4 (que no show tinha o adesivo ao contrário – 4N).



A Washburn N4 foi originalmente lançada em dezembro de 1990 e feita nos moldes das preferências de Nuno Bettencourt, juntamente com a Washburn, baseada em uma guitarra “Frankenstein” que ele usava e que era feita com um corpo Schecter e um braço Mamoth. A partir disso, foi-se formando o que seria uma guitarra perfeita em tamanho e sonoridade para o guitarrista do Extreme. Os primeiros modelos foram a N4 (a top de linha) e a N2, um modelo mais simples. Através dos anos muitas variações foram criadas, dentre elas a sete cordas N7, a 12 cordas N12 e a mais-do-que-barata e para iniciantes N1.

O corpo da N4 é feito de alder sólido e o braço é em maple. Tanto a madeira quanto as ferragens são envelhecidas “em laboratório” para dar aquele look “quase estragado”, mas com o charme de uma guitarra que já foi muito usada. Apesar de Nuno ser considerado um guitar-hero, a trasteira em ébano da N4 tem 22 trastes e não 24, como é comum em guitarristas mais virtuosos, que querem duas oitavas completas para cada corda. Como você pode ver pela foto, a trasteira não tem marcações de casas. Estas estão apenas na parte de cima, onde a trasteira encontra o braço e, portanto, só o próprio guitarrista consegue vâ-las.


Na parte elétrica, a Washburn N4 conta com dois humbuckers. Um Seymour Duncan ’59 na posição do braço e um Bill Lawrence L-500 na posição da ponte. O som dessa guitarra ao vivo é exatamente o que você escuta em álbuns clássicos do Extreme com Pornograffitti e Three Sides to Every Story, além do pouco reconhecido Waiting for the Punchline, já lançado na época do grunge e da decadência do hard rock anos 80. Peso, brilho, definição e clareza incríveis, que com certeza se maximizam ainda mais na mão perfeita de Nuno, que não vacila um segundo e está sempre consciente de nota por nota do que está tocando.


As ferragens, em preto (e às vezes em edições com tarraxas em prata e em outras com todas as ferragens em dourado), contam com uma ponte original Tremolo Floyd Rose, lock nut no encontro do braço com o headstock que possui um sistema anti-buzz, o Buzz Feiten Tuning System, e tarraxas Grover 18:1. A junção do headstock e do braço é especial, com tecnologia desenvolvida por Stephen Luthier. Se você prestar atenção, verá que o headstock da N4 é bastante inclinado para trás, diferentemente dos headstocks mais tradicionais da Fender, ou até mesmo da Gibson, que possuem uma inclinação mais leve. Estranhamente, em uma guitarra tão especial e cara (cerca de US$2500 nos EUA), a N4 não vem com hard case, apenas com um gig bag. Mas você pode comprar seu case separado.


Bom fim de semana a todos! Esperamos vocês aqui na Garagem!




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