quinta-feira, 15 de maio de 2014

Washburn HB30 Semi-Hollowbody Dual Humbucker


A guitarra desta semana foi escolhida por dois motivos. O primeiro e sempre presente é a qualidade, algum diferencial ou uma peça rara. O segundo, hoje, é pessoal: eu tenho uma destas e gostaria de compartilhar minha experiência de tocar numa Washburn HB30 há mais de 10 anos e estar muito mais do que satisfeito. Instrumentos assim, que sobrevivem (e melhoram) com o passar do tempo, merecem todo nosso respeito e admiração!

Lembro que comprei esta guitarra na Argentina, numa loja incrível, em um porão. Minha primeira escolha foi uma Epiphone Champagne Supernova Noel Gallagher Signature azul clara, maravilhosa. Toquei nela por um bom tempo e já estava praticamente levando quando vi uma HB30 vermelha, também linda, em uma das vitrines escuras que cercavam todas as paredes. “Não custa tentar”, pensei, mesmo estando seguro de que a Noel Gallagher já era minha. Grata surpresa! Apesar da Epiphone ser demais – e ainda ser uma signature, o que a torna muito mais valiosa na hora de vender, além de ter todo um status –, não pude ignorar o fato de que o som da HB30 dava de 10 (para o meu gosto) na Noel (que já era muito boa). A Washburn tinha algo de agressivo, um misto de Les Paul com o som da semi-acústica também presente. Olha ela aí embaixo.





Na hora de perguntar o preço, mais uma boa notícia: a HB30 era três vezes mais barata que a Noel Gallagher. Mas garanto: de forma injusta, porque a qualidade, mesmo após quase 15 anos, contínua fantástica. Não deu outra. Levei a Washburn.
Mais tarde, pesquisando o que a tornava tão especial, descobri que esta é uma “semi-semi-acústica”, pois ela tem blocos de madeira maciça dentro do corpo para soar mais “pesada”, mais “firme” que uma semi normal. Daí minha sensação de estar tocando numa espécie de Les Paul quando a testei pela primeira vez! O sustain da HB30 é incrível e é uma guitarra que dificilmente vai lhe causar qualquer problema de microfonia. Para fazer com que ela saia de controle você terá que lutar muito, realmente se dedicar a isso ;-)



O corpo e o braço da HB30 são em maple e a trasteira é em rosewood, com marcações bolinha e frisos no braço e no corpo, dando um toque sofisticado a uma guitarra extremamente versátil. A mão, com seu losangos, o logo da Washburn e a plaqueta inscrita com HB30, não perde nada quando comparada às típicas mãos de guitarras custom. Coisa fina. A HB30 vem ainda equipada com tarraxas Grover e um humbucker Dual 621 no braço e um Dual 623 na ponte, que funcionam tanto para um british rock quanto para sons mais leves como jazz e fusion. Dois controles de volume e dois de tonalidade, além de uma ponte no estilo Les Paul, fazem desta guitarra uma preciosidade a um custo totalmente acessível. Sempre que ouço falar na HB30 o comentário é o mesmo: como uma guitarra tão boa pode ter um preço tão confortável?







A Washburn HB30 vem em duas cores: vermelha e sunburst. Ambas são multilaminadas e a pintura é feita de modo que possamos ver o desenho da madeira por baixo, tornando seu visual fino e vintage ao mesmo tempo, além de tornar cada exemplar único, pois cada madeira terá seu próprio desenho. Pra fechar com chave de ouro, a HB30 ainda vem com case duro incluído!! Quer notícia melhor, depois de ter me apaixonado pela guitarra? Desculpe Noel, sua guitarra é maravilhosa (ainda quero achar uma, pois não a fabricam mais), mas naquele momento a HB30 conseguiu o que queria: uma moradia permanente no Brasil!


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5 comentários:

  1. Comprei uma HB30 em 2014 e fiquei profundamente decepcionado... a guitarra é horrível, péssimo acabamento, trastejando com poucos meses de uso e agora pra completar ela esta falhando na chave seletora quando ela é colocada para baixo... não recomendo essa porcaria fabricada na China pra ninguém... um lixo...

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  2. Que pena ouvir isso! Realmente não sei como estão as HB30 hoje em dia, a minha foi comprada em 2003 e é excelente.

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  3. Uma é chinesa e vem com pinta de ES335 chinesa.

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  4. Julian, as semi acústicas (também conhecidas como semi hollow body) foram criadas com o bloco central, sendo o primeiro modelo o ES 335, da Gibson. Logo isso torna essa guitarra uma semi acústica tradicional, e não uma "semi-semi-acústica" como pensava. Mas muito bacana e esclarecedor seu artigo! Também pretendo adquirir uma Washburn desse modelo.

    "A diferença básica entre uma semi acústica e acústica é que a primeira, além de mais fina, tem um bloco sólido (geralmente maple) no centro, que permite a colocação de pivôs de fixação da ponte e retentor de cordas."

    E Unknown, você que comentou sobre os defeitos que teve com sua guitarra kkkkk rapaz, trastajemento é apenas falta de regulagem da guitarra, e o "problema" na chave seletora deve ser coisa boba. Leve ela a um bom luthier (aposto que ainda nem fez isso) e dê uma geral nela! Desde que o luthier seja bom, ela vai voltar impecável. Como eu sempre digo: instrumentos musicais, assim como a gente, também precisam ir ao médico de vez em quando! Não basta comprá-los e deixá-los jogados depois que tocar, necessitam de cuidados e manutenção.

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  5. Verdade a tocabilidade dessa guitarra é fantástica.

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